03 dezembro 2007

A gorda e a magra

As duas foram notícia na semana passada. Na quarta-feira, eram publicadas fotos da atriz Jennifer Love Hewitt de biquíni numa praia do Havaí. Dispensando qualquer manchete, a celulite e o excesso de peso evidente da moça diziam tudo.
Na quinta, o assunto era a obsessão da Spice Girl Geri Halliwell em emagrecer. A notícia dava conta de que até a magrela Victoria Beckham estaria preocupada com o empenho da amiga em perder peso. Verdade ou não - a preocupação de Victoria - a foto também evidenciava que faltam atributos no corpo da inglesa.
Nesta segunda-feira, então, Jennifer Love Hewitt vem a público dizer que está muito bem, 'obrigada', com o seu corpo como ele é e ainda diz que não precisa ser 'size 0' - o nosso 34 - para ser feliz. Eu, que já vinha com vontade de aplaudir a moça, agora solto fogos de artifício.
Nossa mente já está tão deturpada por essa obsessão de magreza que uma mulher manequim 40 vira gorda. Além disso, quem disse que para ser atriz é preciso ser magra-tipo-capa-de-revista?
Jennifer Love Hewitt é protagonista de uma série de TV que há três anos faz sucesso no horário nobre americano - 'Ghost Whisperer', mas eu não recomendo. Profissionalmente, é mais do que Victoria Beckham provavelmente jamais conseguirá ser. Engraçado, Victoria conseguiu manter-se em evidência graças ao casamento com David e ela é que é símbolo de mulher moderna?
Se Jennifer Love Hewitt quer basear a carreira no talento em vez de títulos efêmeros de sex symbol, faz muito bem. Antes uma mulher bem-sucedida e desencanada com o próprio corpo que alguém que precisa ser magra e linda por pura falta do que oferecer.

Pagando promessa

Ia escrever o post aí de cima quando vi que fiz uma promessa e não cumpri. Quase um mês depois, seguem os highlights dos acessórios de Chloé, Alessandro Dell'Acqua, Dior Joalheria, Carlos de Souza, Lacroix e Pucci - os cinco injustiçados, penso eu, na seleção do Style.com.

07 novembro 2007

As últimas

O bacana Style.com - um guia 'ó-te-mo' para quem quer saber o que anda rolando nas passarelas mundo afora - fez um apanhado de acessórios-tendência dos desfiles da temporada primavera-verão. O Sobressalto, por sua vez, faz o apanhado do apanhado e reúne o que achou melhor e pior na seleção do site.

Melhores: A clutch de metal com estampa croco de Alexander McQueen; o anel futurista-chique de ouro branco com pérola criado por Yohji Yamamoto; a bolsinha amarela em couro de lagarto da Tod's com três zíperes lindinhos; a botinha Ralph Lauren com sua elegância de outrora; o broche lindo e romântico em ouro, pedras e strass da Gripoix; a bolsa-embrulho-de-Natal do Valentino (e eu já falei tão mal das criações dele...).


Piores: A sandália com couro de cobra e excesso de pedrarias de Christian Lacroix; o pavoroso anel de caveira de Carlos de Souza (e daí que leva rubis, diamantes e safiras?); a plataforma 'over the top' de Alessandro Dell'Acqua; a combinação de cores e aplicações no patchwork da bolsa em couro de cobra e de vaca de Emilio Pucci; o rococó exagerado do anel da joalheria Dior; a sandália-bota estilo 'enfaixei o pé' da Chloé.

Em meio a tantas grifes, garimpei essas duas pecinhas aí. Quem diria que as passarelas de Nova York trariam peças que qualquer comércio popular - ao menos no Rio - já vende há tempos. Pelo menos uma tendência a gente garante.



Da série 'jura que foram eles que fizeram isso?'

Já cobicei muito as criações de Stella McCartney para Chloé e Adidas, mas esse sapato aí da esquerda eu não queria nem de graça. Tampouco o da direita, de Manolo Blahnik. Cadê os sapatos tipo incríveis que Carrie Bradshaw calçava em 'Sex and the City'?

P.S.: Como a listinha de piores tem vários nomes bacanudos, estou preparando um novo texto para mostrar que tinha um monte de peças mais lindinhas nessas coleções.

04 novembro 2007

À la Li.Lo

Lindsay Lohan, veja só, não rendeu apenas capas de revistas e lucros para clínicas de reabilitação. A (agora ex) rebelde de Hollywood também inspirou Lagerfeld.
Em entrevista depois do desfile da coleção primavera-verão 2008 da Chanel, o kaiser disse que esta é a temporada dos tornozelos.

A proposta? Minibolsas presas às pernas, só para levar o básico. Achei tão estranho quanto prático e confesso que ainda não sei o que pensar. Você já se decidiu?

Protesto!

Essa eu vi no "GNT Fashion": depois de desfilar uma coleção lindinha, jovial e superamericanizada para a Chanel, Karl Lagerfeld deu entrevista dizendo que sentir saudade da elegância de outras épocas é pura perda de tempo.
E da deselegância de outras épocas, é bonito? Porque tem gente, um monte, achando que sim. Este blog oficializa neste momento uma campanha contra a 'releitura' dos anos 80.
Não às cores neon, aos bizarros Ray Ban, às leggings, às camisas 'I heart NY' - que tinha até ritmista da Mangueira usando, vê se pode. No ritmo que a coisa vai em breve serão relançados o gel New Wave e o batom Boka Loka. Argh!
Como bem disse uma amiga, pior é que daqui a pouco a gente se acostuma e acaba usando também.

03 novembro 2007

De novo, a bicharada

O primeiro aviso veio das passarelas de Paris. Agora quem manda o recado é Nova York: os bichos vão invadir as vitrines. Lançando sua coleção primavera/verão 2008, a Banana Republic transformou seu desfile num verdadeiro safári africano.
A marca - que completa 30 anos no ano que vem - revisitou o tema de sua primeira coleção e trouxe estampas de girafas, zebras e outros animais da savana.
Já disse que odeio estampas de bichos, mas estou cedendo ao grafismo da girafa. Será que daqui a pouco estou saindo de onça por aí? Que perigo...

01 novembro 2007

Dia da Noiva

Quem me conhece pode achar que foi mais um surto casadoiro. Juro que não. Foi por obra do acaso - e só do acaso - que hoje descobri a Bridal Fashion, uma semana de moda para noivas em Nova York. Para noivas não, já que também desfilam modelitos para daminhas, pajens, madrinhas e noivos. Dei uma olhada cuidadosa em tudo e cheguei à conclusão do seguinte: não dá para inovar muito em vestido de noiva.
Modelos coloridos, laços escuros na cintura, drapeados indecifráveis. Se entre o brilho claro dos bordados de cristais já fica fácil errar, imagine tentanto apostar no diferente. Nesse ponto, sou como as conselheiras das revistas de antigamente - deixe as cores para as madrinhas, invista em tecidos nobres e não use nada muito revelador.
Também não dispenso véu. Ou melhor, não dispensarei quando a hora chegar.

Tim tim

Já tem quase uma semana que o Tim Festival passou pelo Rio mas algumas imagens não saem da minha cabeça. E nem estou falando dos shows, mas dos figurinos de gente que circulou pela Marina na sexta e no sábado.

- De onde as meninas tiraram que é legal sair de casa com uma blusa tão comprida e um short tão curto que a primeira impressão é que elas estão sem calça?

- Como assim tem gente que leva para um festival de música uma nécessaire de maquiagem completa, daquelas de desenrolar, com pincelzão de pó e tudo?

- Por que tem gente usando camisetas 'I heart NY' de novo?

- As camisetas com listras são a única opção para meninos que querem fazer o gênero menos óbvio?

- De onde tiraram que a moda dos anos 80 é legal?

Medo. Muito medo

05 outubro 2007

Sem pena

Pode ser implicância, falta de um olhar mais apurado ou caretice. Mas é fato que eu de-tes-to bichos em roupas. Não gosto de estampas de peles, não acho bonito jóias com formas de animais e tenho horror a penas.

Aí li no outro dia que Galliano soltou a bicharada na passarela da Dior na Semana de Moda de Paris. E hoje me deparo com essa foto de Cate Blanchett com um pretinho ótimo e esses sapatos que Deus me livre!

Não bastasse ter achado feio, fiquei duvidando que ela não tenha pisado em algumas penas a cada duas passadas. Na minha cabeça, é tudo que uma roupa/acessório não pode ser: feio e pouco prático.

Mas isso sou eu dizendo. Agora entre no comentário aí embaixo e diga você (por favor).

Beyoncé do pandeiro

Essa foi inspirada pelo blog de uma amiga. Estava eu vendo as últimas e encontro uma foto de Grazi, toda-toda, num jeans de cintura alta. Ao lado da foto, um comentário que diz exatamente o que eu penso: "isso só fica bom em mulheres com 1,80m e 40kg". Aí, navegando na internet, me deparo com uma foto de Beyoncé tentando um look parecido.

Acho Beyoncé linda, um mulherão e, exatamente por isso, não pode aparecer de cintura alta em lugar nenhum. Não é possível que ninguém no staff da moça tenha noção de que o 'pandeiro' dela não fica harmônico numa calça do tipo. Tudo bem que ela está longe do padrão esquelético que anda imperando em Los Angeles, mas certamente não é a gorda que ficou parecendo na foto.

02 outubro 2007

Recente obsessão

Primeiro foi Sébastien Chabal. De cabelo comprido e uma enorme (e densa) barba negra, o jogador da seleção francesa de rúgbi me chamou logo a atenção. Primitivo, pode ser. Assustador, dirão alguns. Mas bem interessante.
Depois foi George Clooney quem apareceu com ar cafajeste, de barba (desta vez, grisalha). Aí, no sábado à noite, adivinha como era o homem mais interessante da pista? Barbudo.
Alguém pode argumentar que Los Hermanos lançou essa moda antes. Mas eles não têm a menor cara de quem têm pegada, né? (pronto, falei)

P.S.: Chabal em campo é uma coisa impressionante. Não bastasse a brutalidade evidente e natural do rúgbi, aquela cabeça peluda dá medo. Mas ele cruza o campo adversário sem temer ninguém. Aproveita que a França foi para as quartas-de-final da Copa e tenta dar uma conferida na atuação do cara. Eu virei Chabalmaníaca.

11 setembro 2007

Traje obrigatório

Se eu não tivesse lido num jornal, ia achar que é mentira. Pensando bem, foi o New York Post que deu, então ainda pode ser mentira. Mas se a história for verdadeira é daquelas impagáveis, que se a gente visse em novela ia achar que o autor exagerou.
Aconteceu em San Diego, Califórnia, com uma mocinha que só queria pegar um vôo inocente para o Arizona. Pouco antes de decolar veio o aviso do comissário de bordo da Southwest Airlines: com a roupa que vestia, a moça não ia chegar a lugar nenhum, o jeito seria desembarcar, trocar o modelito e pegar o vôo seguinte.
Diante do choque da repreendida, o comissário tentou dar uma de legal e ofereceu à moça que pegasse uma muda de roupa em sua bagagem já despachada, mas nem isso ela podia, já que ia apenas a uma consulta médica e não tinha mala. Depois de dez minutos de negociação, ele cedeu dizendo que ela deveria, então, fechar o casaco e cobrir as pernas.
Kyla Ebbert, a moça em questão, vestia o que você vê aí do lado - roupa que, aliás, ela prometeu jogar fora, traumatizada com a situação. Dá para imaginar isso acontecendo por aqui?

Dona Britney, assim não dá!

Este blog nunca falou de ninguém da Santíssima Trindade das revistas de fofoca - Paris Hilton, Britney Spears e Lindsay Lohan -, mas depois do que a 'toxic girl' aprontou no último VMA, não dá para resistir. Anunciado como 'A' atração da premiação da MTV americana, o retorno de Britney não passou de uma sucessão constrangedora de erros, com as dançarinas deixando a atração principal no chinelo. Mas como aqui a gente não fala de música pela música, vou me ater ao seguinte: uma moça com aquele corpanzil não pode (repito, aos berros, NÃO PODE) subir ao palco de calcinha e sutiã.
Que ninguém me leve a mal. Em qualquer praia de qualquer lugar do mundo, Britney passearia tranqüila de biquíni, mas em cima do palco não dá. Não sou a favor da ditadura da beleza e acho que pessoas talentosas não precisam ser magras e lindas para fazer sucesso. Só que Britney não se encaixa em nenhum dos casos. Não tem talento nem me convence de que seria bonita sem as doses cavalares de maquiagem que lhe exigem shows e capas de revista.
A foto está aqui para você avaliar e dizer se concorda ou não com o que diz o Sobressalto. Se quiser ver mais, claro que o vídeo caiu na rede. Só não vá dizer que eu não avisei!

P.S.: A cara do rapper 50Cent de 'o que é isso?' vale esperar o vídeo carregar.

29 agosto 2007

A intenção é boa

Embaixador da Fifa para combate ao racismo, fundador da ONG One 4 All - com os mesmos propósitos -, campeão da Copa de 98 com a seleção francesa e recém-contratado pelo Barcelona, Thierry Henry agora se aventura no mundo da moda. Ele fechou parceria com o estilista Tommy Hilfiger para o lançamento de uma linha com o nome de sua organização.
A nova marca terá sapatos, roupas íntimas, roupas esportivas e até ternos. Para completar, Tommy vai produzir uma série limitada de 14 trench-coats que serão vendidos por 1.014 euros apenas nas lojas Collette de Paris. O lançamento oficial da linha será no dia 2 de outubro, na flagship da Tommy Hilfiger em Londres, e parte da renda das vendas será revertida para a fundação.
Agora, perguntar não ofende: essa linha de produção não vai ser em nenhum país da Ásia ou Leste Europeu que fornece mão-de-obra quase escrava, né?

16 agosto 2007

Em pleno Parapan

Achei simpático descobrir que solas de sapato de borracha podem ser recicladas para fazer quadras de basquete e campos de futebol.

22 julho 2007

Simpsons cheios de estilo

A Harper's Bazaar de agosto traz um editorial de moda sensacional com a família amarelada de Springfield vestindo criações de grandes estilistas europeus.
Jean-Paul Gaultier, Karl Lagerfeld e a top Linda Evangelista toparam entrar na brincadeira.
Ficou o máximo, pena que não fui eu que descobri...
Clica aqui para ver que vale a pena!

28 junho 2007

Para indie fashion


Estava de bobeira pela internet e achei isso aqui. Nem gosto tanto assim de Meg e Jack Stripe, mas ia adorar ter um pen drive com uma carinha fofa. Os gadgets, com 512 MB de capacidade, são vendidos a 57,50 dólares cada um. Mas quem quiser levar o White Stripes completo para casa paga 99 dólares.

27 junho 2007

Para poucos

Louis Vuitton, Fendi, Hermès, Dolce&Gabbana e outras marcas exibicionistas de luxo que se cuidem. Se antigamente 'o fino' era ter e exibir, a tendência agora é ser. Com classe, claro, e exclusividade, de preferência. É o que diz o artigo que a revista Newsweek publica esta semana, sobre as mudanças na indústria do luxo.
A última moda entre os ricaços que não sabem mais o que comprar é encomendar sua própria biografia. Uma empresa argentina entrevista o biografado, os amigos, faz uma edição caprichada e manda entregar a obra por 100 mil dólares. É só um dos exemplos da personalização do mercado de luxo.
Sabe aquela história de garrafa de champanhe como cortesia em hotel de luxo? É coisa do passado. Chique mesmo é surpreender um cliente com um caprichado buquê de flores na despedida ou a receita de seu prato preferido impressa sem ser pedida. Mais chique ainda é fazer parte do restrito clube de sócios de um hotel, bar ou restaurante, onde se pode ser rico sem culpa, entre iguais.
A mudança vem acontecendo em ritmo frenético porque o mundo nunca teve tantos milionários quanto hoje em dia. Os mais ricos do planeta concentram 33,3 trilhões de dólares, contra 16,6 trilhões na década passada. É uma concentração de renda impressionante e uma vontade de gastar incessante: os negócios de luxo têm crescido 8% ao ano.
Marcas tradicionais - como as grifes do primeiro parágrafo - têm se curvado ao novo consumidor. A Versace, por exemplo, já faz decoração de interiores de jatos particulares. Marcas menores, com a garantia da exclusividade, têm sobressaído. E até já surge uma tendência de se fazer desfiles menores, na casa de grandes clientes, resgatando um hábito da metade do século passado. Nada de celebridades, fotógrafos, superproduções. Só as amigas, um chá e aquelas roupas que apenas elas vão poder comprar.
Em termos práticos, a última moda do verão de Nova York dá um bom exemplo. A bolsa de grife perdeu seus monogramas e agora circula anonimamente pela alta roda. É de grife, mas não grita seu nome. Só quem vai saber a origem é aquela amiga tão rica e bem informada quanto você. Coisa de clubinho, entende?

Balanço

Não sei se meus instintos consumistas estão sob controle ou se as semanas de moda é que mostraram coleções de verão aquém do esperado. Como me conheço bem, aposto na segunda opção. Sendo assim, ficou mais fácil do que eu pensava selecionar os cinco looks preferidos dos desfiles do Fashion Rio e do São Paulo Fashion Week. Não é que os lançamentos tenham sido ruins, veja bem. Mas é que, à distância, eles não me deixaram sonhando com aquelas roupas no meu guarda-roupa. Prova disso é que não foi tão fácil assim selecionar as peças das quais pretendo correr na próxima temporada.


EU QUERO (Rio)

A túnica estampadésima e soltinha da Cantão; o vestido longo, simples e com bolsos (!) da Layana Thomaz; a túnica com pala sem frescura da Juliana Jabour; o longo coloridíssimo da Têca; o vestido rosa romântico da Sommer (de preferência com lenço na cabeça)


EU QUERO (SP)

Os vestidos longos e chiquérrimos da Raia de Goeye e de Fause Haten (viu a estampa de acrobatas?); a blusa com mais uma das estampas lindas da Zigfreda; os babados e bordados do vestido de Isabela Capeto; a viagem do minivestido de barquinhos de Ronaldo Fraga


DEUS ME LIVRE!

De calças, saias, bermudas e afins de cintura alta; de modelos com corte clochard; de sandálias de salto grosso, que dificilmente ficam elegantes; de tops que amarram na frente (o que deu nessa gente?); de uma grife conhecida pelas estampas exclusivas e pelos preços quase extorsivos que 'lança' uma estampa de cereja

03 junho 2007

American 'Fashion' Inventor

A marca de calçados esportivos Reef acaba de lançar nos Estados Unidos dois modelos de verão. O Stash traz uma 'gavetinha' escondida na sola onde se podem guardar chaves e cartão de crédito, perfeito para os homens irem à praia. Já Dram tem uma espécie de cantil, também sob a sola, onde se pode guardar uma boa dose de bebida. Depois um funil que vem com o chinelo ajuda a passar o líquido para um recipiente, hã, mais indicado para o consumo. Ainda assim é meio nojento, não?


Já que o assunto é invenção, aqui vai uma prática: escarpins com saltos dobráveis. Cansado de ver mulheres trocando seus sapatinhos flat por poderosos saltos altos na entrada do escritório, David Hendel resolveu buscar uma solução. A inspiração para a idéia são os transformers, aqueles carrinhos que viram robô (ou o contrário). O modelo com salto de quase 9 centímetros que diminui a menos da metade já está à venda por 280 dólares. Quem testou aponta dois poréns: o fato de um único design não possibilitar muita versatilidade e a sensação de que o salto dobrado pode se abrir a qualquer momento.

A valiosa Hepburn


Depois do vestido preto de Givenchy leiloado por mais de 926 mil dólares em dezembro, a elegância da Holly Golightly de "Bonequinha de Luxo" dá outra prova de que vale muito. Nesta semana a casa de leilões Christie's bateu o martelo por 192 mil dólares num vestidinho rosa usado por Audrey Hepburn no filme. O modelo, que não é grifado, aparece na cena em que Holly descobre a morte de seu irmão. A peça, que você na foto aqui do lado, estava avaliada em 30 mil dólares.

23 maio 2007

O horror! O horror!

O que aconteceu com aqueles enormes - e chiquérrimos - óculos escuros setentistas que as celebridades usavam no verão passado?
Alguém me explica (por favor) por que Jude Law, Kirsten Dunst e Lindsay Lohan têm desfilado por aí usando esse Ray Ban horroroso que conseguiu sobreviver ao furacão que deveria ter acabado com nossas memórias dos anos 80?
Pior do que isso é saber que pessoas assim têm o poder de lançar tendências e daqui a pouco todo mundo vai estar achando lindo esse pavor.
Como aqui no Brasil, onde de repente passou a ser bacana sair à noite de legging e usar bota tipo Peter Pan.
Ai, que medo!


Alvo da moda

Superpoderosa
editora da superpoderosa Vogue América, Anna Wintour consegue o que ninguém consegue. Não é que recentemente descobriram um psicopata com um plano para matar a criatura?
Fã de Andrew Cunanan, o assassino do estilista Gianni Versace, Peter Braunstein (que já foi crítico de moda Women’s Wear Daily), cansou de não ser atendido pela editora-diva e achou que era hora de tomar uma atitude.
“Ela vai ser acompanhada por eunucos para um lugar no inferno governado por ratos”, escreveu ele, num manifesto encontrado pela polícia americana. E ainda diz que lá ela vai ter que abrir mão de sua marca registrada – os casacos de pele – para usar só “roupas tropicais”.
Agora confessa que se não fosse sério você estaria às gargalhadas.

09 maio 2007

Faixa dupla, você ainda vai usar uma

Eu não estou falando isso só porque vi Sandra Bullock desfilando assim numa noite de festa, mas está vendendo um bocado na primavera européia e, sinal maior, os chineses já estão invadindo o mercado (de lá) com aqueles modelos que a gente vai comprar (aqui) nos comércios populares. E vocês sabem, quando começa a produção em massa...


RIP, Isabella Blow

Este blog faz um minuto de silêncio pela morte de Isabella Blow, uma das figuras mais irreverentes da moda internacional. Editora de moda da revista inglesa Tatler, ex-assistente de Anna Wintour, mas conhecida mesmo pelos figurinos pra lá de excêntricos que exibia por aí. Pretinho básico, definitivamente, não era com ela e a gente tem uma boa pista de seu estilo quando destaca dois estilistas 'descobertos' por ela: os não menos irreverentes Alexander McQueen e John Galliano.
Nos últimos tempos, dizem alguns, Blow tinha passado por sucessivas tentativas de suicídio. Uma delas ganhou até ares folclóricos. Foi em 2005, quando a fashionista pulou de uma ponte em Londres. Depois de quebrar os pés, ela ficou impossibilitada de usar seus 280 pares de sapatos de salto alto, então recebeu uma enxurrada de sapatos sem saltos de designers como Manolo Blahnik (aquele que as moças de "Sex and the City" adoravam) e Christian Laboutin.
Blow morreu na última segunda-feira, aos 48 anos, de causas não divulgadas.

07 maio 2007

Enfim, de volta

Depois de um longo período de hibernação, este blog volta à atividade vindo de um giro internacional (ai que besta) para acompanhar as tendências e constatar, com grande tristeza, que é impossível manter a classe no clima do Rio de Janeiro (e da maior parte do país). Felizmente maio está aí e - Insha'Allah! - vai fazer as temperaturas caírem aos 20° C à noite para a gente tirar os casacos do armário. Menos que isso, é difícil acontecer.

Já na Espanha e na França, como a primavera não se impõe, ainda se usam casacos dos mais pesados, meias-calças e botas. E que botas, todas cobrindo as pernas dos jeans skinny que as espanholas exibem com a elegância de quem não tem curvas brasileiras.

A boa notícia para quem estava esperando uma tendência que lhe coubesse é que as calças justinhas vão ser em breve aposentadas para o retorno (u-hu!) dos modelos de pernas largonas, tipo pata-de-elefante.Mas isso é assunto para outro post.

Por hora, segue um top 5 do que se vai usar no Hemisfério Norte nesta temporada que esta só começando:

1) Microvestidos em linha A. De preferência com gola arredondada e bolsinhos, completamente anos 60

2) Maxióculos (olha os anos 60 aí de novo!)

3) Bolas, muitas bolas. Dos pontinhos às bolotas elas tomaram de assalto as sapatilhas que dominaram as prateleiras das sapatarias

4) Malhas ultracoloridas, dignas dos anos 80 (ai, que medo)

5) Creme redutor de medidas. Roc e Vichy lançaram os seus recentemente e a publicidade está ostensiva (e tentadora)


A vingança dos nerds


Parafraseando o hábito americano de dividir as pessoas em dog person ou cat person de acordo com a afinidade com os bichos, vou criar duas novas categorias: lens person e glasses person.

É na segunda em que me encontro, apesar de ter aderido às lentes de contato recentemente (sabe como é, os óculos escuros não têm grau...). Como boa pessoa-óculos, não contive a animação quando vi que no próximo outono todo mundo deve colocar seus óculos para fora sem medo.

Miu Miu, Hermès e até a supersexy La Perla são algumas das grifes que sugerem as lentes (não de contato) como acessório de estilo. E é para usar sem pudor, até em modelos que nos tempos de escola renderiam os piores apelidos. Dá uma conferida nas fotos (a partir da esquerda, Hermès, La Perla, Tommy Hilfiger, Lacoste e Miu Miu).

Para acabar

Viram que a última moda é preto e vermelho? (só pra descontrair...)

18 janeiro 2007

Só um P.S.

O Fashion Rio vem num balanço ao fim do evento, tá? Não esqueci não...

Luxúria fina


Depois dessa ninguém pode negar que a inveja corre solta nos bastidores do mundinho. A revista W deste mês traz um ensaio ousadíssimo de Stefano Gabbana (de sunga e salto agulha na foto) e Domenico Dolce em suas páginas. São 20 fotos dos meninos mais ou menos vestidos cercados por modelos menos vestidos ainda.
Algumas da fotos você confere aqui e pode ir fundo porque elas estão um arraso - não seria diferente com Dolce & Gabbana, né?
Mas a graça disso tudo está na história por trás das fotos. Segundo a respeitada (se isso é possível) coluna de fofocas Page Six, do New York Post, os estilistas fizeram beicinho e bateram pezinho quando viram Tom Ford num 'luxurioso' ensaio na mesma revista em novembro de 2005.
"Eles ficaram furiosos e desde então vêm pressionado a W para fazer algo parecido", conta uma fonte de dentro da revista. Editor da publicação, Patrick McCarthy despista: "Há mais de dois anos falamos com Dolce & Gabbana para fazer algo assim".

Deu branco

A maior graça de uma noite de premiação é o tapete vermelho. Você pode até querer saber se tal ator vai levar mesmo o merecido troféu, se determinado filme vai confirmar o favoritismo e tudo mais, mas nada é tão interessante quanto a chegada das celebridades. E, claro, a 'culpa' é toda dos vestidos.
Por isso eu fiquei chocada este ano quando constatei que em pleno inverno americano as estrelas investiram pesado no branco para a entrega do Globo de Ouro. Eram tantas que deve ter tido marido abordando a mulher errada depois de algumas taças de Moët Chandon.
Decotes profundos, saias abertas, modelos justos, outros ousados, tinha branco para todos os lados (sim, são todos brancos nestas fotos, apesar das variações de luz). Fosse no Brasil alguém podia achar que foi parar por engano num Réveillon fora de época.
E ainda tem gente que não acredita em inconsciente coletivo.
(Nas fotos do alto você vê: Keisha Whitaker, Heidi Klum, Salma Hayek, Ellen Pompeo, Drew Barrymore e Annette Benning. Nas de baixo estão: Nicollette Sheridan, Kate Winslet, Jennifer Garner, Ali Larter, Rinko Kikuchi e Cameron Diaz)

04 janeiro 2007

Tão ano passado...

Eu sei que perdi o bonde dos desejos de Ano Novo. Mas é que eu quero tanto que isso se realize, mas tanto, que peço desculpas mas esse pedido vai mesmo tarde.
Que em 2007 a praga da viscolycra tenha sido dizimada das lojas femininas.
Foi difícil fugir dela nas roupas de Natal e Réveillon.
Pronto, desabafei!

Moda e tecnologia

Um amigo achou esse site. Mistura moda e tecnologia. Adoro a primeira e só não posso dizer que detesto a segunda porque, bom, isso seria meio incoerente para quem tem um blog e trabalha num site, né?

Mas é que esse negócio de tecnologia às vezes me cansa. A moda não, alguns criadores de moda, sim. Ou seriam inventores?

Vixe, ficou confuso demais esse negócio. Deixa eu explicar.

Tem lá o site que meu amigo achou, o tal sobre moda e tecnologia. Aí na primeira vez que acessei, o destaque era uma echarpe feita em tecido com memória. Afetiva.

Nada a ver com aqueles panos que amassam e não voltam para o lugar que muito estilista adora dizer que é tecido com memória.

A tal echarpe tem uns sensores através dos quais você escolhe o tipo de carinho que quer receber. São três opções e a que ficou na minha cabeça foi a do tapinha nas costas.

Diz se não é o cúmulo da carência precisar de uma echarpe que te dê um tapinha nas costas? Senta num balcão de bar e paga uma bebida para a criatura do seu lado que você pode conseguir até mais que isso, ora bolas.

Antes de escrever este post, novo acesso ao site. Desta vez o destaque é uma nova criação dos alunos da escola de design inglesa Goldsmith College.

Eles inventaram uma bota que traz na parte interna do cano um desenho. Você usa a bota e, quando tira, está lá a imagem estampada como tatuagem temporária na perna.

Cada par vem com vários desenhos e cada um simboliza algo diferente. A borboleta siginifica amadurecimento; a pomba, um recomeço; e a cereja, a perda da virgindade. Mas serve também como um sinal de que se está aberto ao sexo. Senão, imagina, a estampa da frutinha ia encalhar na loja, né?