30 setembro 2006

Isto não é uma reclamação

Esse Festival do Rio é um problema.
Há dias estou encarando, em média, duas sessões de cinema por dia e, com isso, perdendo preciosas horas de sono (sério), episódios importantes de séries (nem todas estão em reprise, tá?) e valiosíssimas oportunidades de postar coisinhas aqui.
Então vamos ao que interessa: finalmente vi "O Diabo Veste Prada".
E nem precisava ter começado a ler o livro para achar o filme ideal para a Sessão da Tarde.
Primeiro que a história da recém-formada escravizada por uma editora de moda bitch virou um conto de fadas.
Sem querer parecer metida, já freqüentei semanas de moda o bastante para saber que jornalistas cafonas continuam cafonas. Elas não simplesmente ganham roupas incríveis e viram pessoas cheias de estilo.
E andei pesquisando e descobri que nos EUA também não funciona assim: você chega toda breguinha na redação e de repente um maravilhoso armário se abre e você pode se apossar de roupas que custam o dobro do seu salário.
Depois, não dá para entender como um aspirante a chef de cozinha e uma fotógrafa de arte iniciante podem não entender o esforço que a garota faz para se dar bem no trabalho e impressionar a chefe megera.
Terceiro que nenhum ser humano que trabalhe numa revista de moda vai recusar A oportundade da vida de ir à Semana de Moda de Paris porque a colega (bitch) da mesa ao lado quer mais.
E, finalmente, Miranda beira o insuportável, mas eu tive certeza de que "mataria por aquele emprego". E adoraria viver numa cidade onde pudesse usar sobretudos. Ai ai...
Ah, o livro teve que ser temporariamente encostado. Molière virou prioridade por hora.

26 setembro 2006

Tsc, tsc, tsc

Fiquei aqui falando que tinha que ler "O Diabo Veste Prada" correndo para poder ir ao cinema já no dia da estréia com o dever de casa feito.
Nem um, nem outro.
A metade do livro já não é mais um sonho distante, mas a ida ao cinema parece cada vez mais longe.
Mas o filme tinha que estrear bem na época do Festival do Rio? Tendo que escolher, não há dúvidas: Festival na cabeça.
Foram quatro filmes no fim de semana, um já ganhou status de cult e estou até vendo que vai ser daqueles que pega mal dizer que não gostou, sabe?
Enfim, eu não gostei. Pior: achei chatésimo e pela primeira vez na vida embarquei num sono profundo no cinema.
Já os outros três não podiam ter sido escolhas mais acertadas. "C.R.A.Z.Y. - Loucos de Amor" é a história de uma família que podia ser como a nossa, só que eles moram em Québec, falam francês (o filme só ganhou com isso) e o pai é supermusical.
Mas o melhor é que boa parte do filme se passa nos anos 70 e Zac, o protagonista, mergulhou de cabeça na moda da época. Ai que delícia aquelas calças boca-de-sino e aquelas estampas sensacionais.
"Jonestown - Vida e Morte" foi o documentário que se seguiu. Mas eu não vou ficar falando de moda aqui porque é uma heresia tocar no assunto quando 909 morreram no que se considera o maior suicídio coletivo da história - da seita Templo do Povo, de Jim Jones. Mas foi em 1978, só para você saber.
Agora, bom mesmo foi "Little Miss Sunshine". Um road movie sensacional que, apesar de ter Steve (The Office) Carrell e Toni Collette no elenco, brilha é com Abigail Breslin.
Ela é Olive, uma menina pançudinha que consegue uma vaga num concurso de beleza e acaba fazendo a família toda se amontoar numa Kombi (amarelo-ovo, incrível) e cruzar os Estados Unidos.
Olive não tem a menor pinta de miss, mas tem um estilo que eu vou te contar. Adora sobrepsições e acessórios esportivos e deixa essa 'geração Rebelde' no chinelo.
Vê nessa foto se a menina não é um arraso.