22 novembro 2006

Coletes, casacos e liquidações

Não tem muito tempo vi num site gringo que os coletes estão voltando com tudo. Claro, para provar sua tese a página mostrava váááárias celebridades (de estirpe, nada no nível de Paris Hilton) investindo no modelito. Aí na segunda-feira vi "Os Infiltrados" a psicóloga da polícia me aparece de colete e eu fiquei pensando sobre ele. Pensei, pensei e cheguei à conclusão de que colete não dá. Tem coisa mais yuppie anos 80/90 do que colete? Mais curtinho, mais compridinho, aberto, fechado, acinturado, com terninho, com jeans. Não tem jeito: colete me remete à terrível lembrança de Diane Keaton em "Presente de Grego". Sabe qual é? Aquele filme em que ela é uma superexecutiva atarefada que recebe de herança um bebê? Então. O filme é triste. O figurino, pior ainda.

Aqui o verão ainda está só se insinuando (eu só acredito nele depois de encarar uma semana inteirinha de sol inclemente e calor idem com, no máximo, aqueles temporais no fim do dia). Mas nos EUA o inverno tá pertinho. O suficiente para terem começado as liquidações de verão e as revistas e jornais começarem a sugerir suas tendências para a estação fria. Então eu não resisti ao especial do New York Post que traz até sugestão de luvas. Nem todos são lindos, mas eu ando numa boa vontade tão grande com sobretudos e afins que fiquei babando e (de novo) sonhando em ser a assistente de Miranda Priestley em "O Diabo Veste Prada". Desculpem a obsessão.

Ah, e já que falei em liquidação, peço licença para uma confissão: morro de inveja dos saldões de terras estrangeiras. Se em Paris, onde cobram em euros, eles já são tentadores, imagine em Nova York. Só para você ter uma idéia e compartilhar desse sentimento feio que se apossou do meu coraçãozinho, tem casaco Dior por US$ 55; sapatos Miu Miu por R$ 40; suéter comprido Chloe por US$ 70, e até vestido de festa Valentino por US$ 650. Não que eu me interesse por Valentino ou tenha tanto para investir em tão 'pouco', mas as peças custavam US$ 5 mil. Calculou o desconto?