10 outubro 2006

Gente fina


Um amigo vai lançar um livro e, segundo a namorada dele, está que não se agüenta de ansiedade. Eu também estaria. Afinal é preciso ter coragem para se exibir para os outros de maneira tão intensa. E não estou falando do exibir do narcisista, mas do exibir de quem quer compartilhar.
E nem estou achando que eu, pobre jornalista, tenho essa coragem. Eu não crio realidades paralelas, personagens, situações. Eu escrevo sobre o que está aí fora.
Já esse amigo não. Escreve sobre o que está lá dentro. E, dizem, faz isso muito bem.
Só vou poder opinar depois da noite de amanhã, quando ele lança o livro. Mas já tenho uma profunda simpatia pela idéia. Não só porque é meu amigo. Mas porque tem 20 e poucos anos e ficou com o sonho guardado na gaveta esperando a hora de ganhar o mundo.
Talvez tenha esperado mais do que gostaria, mais do que merecia. Mas fez isso sozinho e merece um abraço apertado só por causa disso.
Ronaldo Pelli, o meu amigo, não é de nenhuma dessas galeras que legisla e distribui a cultura em causa própria no Rio de Janeiro.
Acho que vou adorar esse livro.

A Primeira Pessoa
Ronaldo Pelli
Dia 10 de outubro, às 20h30
Mistura Carioca
Rua Gomes Freire 791, Lapa